segunda-feira, 30 de maio de 2011

O luxo como forma de distinção

Aprofundar mais um pouco sobre o luxo e a distinção que ele causa. Conforme citei, hoje ele faz parte do cotidiano de muitos, sendo possível encontrá-lo nos mais diversos segmentos.

Mas, o que vem exatamente a ser luxo? Segundo o Dicionário Houaiss, a definição de luxo é a maneira de viver caracterizada pela ostentação, por despesas excessivas, pela procura de comodidades caras e supérfluas, pelo gosto do fausto e desejo de ostentação. Também diz que é o caráter daquilo que é requintado, aprimorado, apurado.

Só que nem sempre o que é caro é luxo e vice-versa. O fato de ter-se o poder de compra de um objeto caríssimo não significa necessariamente luxo. Muitas vezes está associado a pequenas coisas, objetos ou comportamentos. Como exemplo, podemos citar o tempo e o lazer como um dos grandes luxos da atual sociedade fast food em que vivemos.

A transformação de um objeto, muitas vezes identificado como simples por alguns, pode transformar-se num grande sucesso, dependendo de seu uso, da maneira em que é colocado e de quem o usa. Três fatores podem determinar seu sucesso: a arbitrariedade (funciona onde muitos fracassam), a distinção (quando alguém de destaque na sociedade o usa) e a imitação (quando uma sociedade se inspira num ídolo e o copia).

Também é comum nesse segmento, associar o luxo à moda e a moda em roupas. Mas, isso é somente a ponta do iceberg. Vai além, como carros, celulares, decoração, eletrônicos, imóveis, dentre outros. Incluem-se nela as próprias marcas e que exercem forte influência na hora da compra. Um animal bordado numa camisa polo tem seu valor várias vezes ampliada, por este representar alguma grife (Lacoste, Polo Ralph Lauren, Ferrari, Abercrombie, etc).

Essa agregação de valores iniciou através de alguns estilistas que perceberem o poder da marca (Chanel e Dior). A primeira, percebeu que a simples referência ao seu nome vendia muito mais perfumes, o então famoso Chanel 5. Após ver esse resultado, Dior tomou o mesmo caminho, produzindo gravatas com seu nome, apesar de nunca tê-las criado.
A grande mudança ocorreu quando, essas mesmas grifes deixaram de ser empresas familiares, abastecendo a elite do planeta, e viraram nos anos 80 parte de conglomerados bilionários.

Japão e Estados Unidos foram os primeiros destinos desses conglomerados. Agora, mercados considerados periféricos, viraram o centro das atenções (inclui-se o Brasil). Quanto mais rápida for a atuação das empresas, maior será a chance de conseguir uma fatia maior nas vendas.

O atual mercado de luxo que se vê hoje é reflexo de algo que começou com Worth, Poiret, Viúva Clicquot, Breguet, Lanvin, Chanel, Dior, etc. Iniciou com vários deles e depois se propagou a inúmeros estilistas, homens de negócios, objetos e marcas. Ficou atestado que as pessoas desejam sofisticação, diferenciação e mimo. Quando procuram um produto e dispõe-se a pagar por ele, esse consumidor sempre espera algo a mais. Determinadas atitudes ou ações personalizadas é que fazem a diferença dentro desse mercado.

A proximidade com o cliente está em voga. Pode ser mandando flores ou outra coisa especial, ser atendido pelo próprio dono ou enviando um simples cartão de agradecimento escrito à mão. Essas ações pontuais e o fator surpresa sempre ajudam a transformar uma marca numa grife.

Por Giancarlo Zanotto para midiamoda.com.br
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